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Atualizado em 09/05/2016 às 17:40
Renan decide seguir votação do impeachment no Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou na tarde desta segunda-feira que irá dar prosseguimento à votação na Casa do processo e impeachment da presidente Dilma Rousseff apesar da decisão do presidente interino da Câmara de Deputados, Waldir Maranhão, de anular votação que aprovou o processo contra Dilma. "Deixo de conhecer o ofício da Câmara e determino a sua juntada à denúncia com esta decisão", anunciou. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto", afirmou o presidente do Senado. Renan Calheiros disse que a decisão de Maranhão é intempestiva e citou o processo de impeachment de Collor em 1992 para manter a votação no Senado. “Seguiremos fielmente o que diz a Constituição Federal, conforme o procedente de 1992, quando ocorreu com a comunicação da autorização da Câmara ao Senado por meio de um ofício e não resolução. Como poderíamos dizer que aquela de 1992 valeu e atual não?” “Lei do impeachment é por si só fator de desestabilização política. Todos os presidentes eleitos desde 1950 passaram por pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados”, continuou. Com a decisão, Renan promoverá a leitura em plenário do parecer do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), favorável à admissibilidade do impedimento da presidenta da República. A partir da leitura do parecer, será aberto o prazo de 48 horas para a sessão de votação do relatório. Se ele for aprovado, a presidente Dilma Rousseff será imediatamente afastada do cargo. Correio do Povo Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações