Segurança
Publicado em 10/01/2024 às 09:30
"Rios e barragens não são próprios para banho", alerta Corpo de Bombeiros
Ingestão de álcool e desconhecimento dos locais são fatores que levam a afogamentos
Rios e barragens podem parecer atrativos, mas são impróprios para banhistas. Segundo o comandante do 7º BBM, tenente-coronel Alessandro Bauer, os locais ideais para se refrescar nos dias de calor são balneários e piscinas — outros espaços escondem riscos potencialmente fatais.
O principal motivo é o risco de afogamento que existe nos rios e barragens. Muitos desses locais têm partes rasas nas margens, mas em uma curta distância já se tornam perigosamente fundos, explica o tenente-coronel. Outra característica é a correnteza que, por vezes, parece fraca quando vista de fora, mas dentro do rio a água é forte e puxa os banhistas para o fundo.
De novembro a dezembro de 2023, oito pessoas morreram afogadas no norte do RS, mais do que todo o ano anterior. E já no começo de 2024, um novo caso: um jovem de 22 morreu nas águas do Rio Castilho, em Getúlio Vargas, no norte gaúcho, no domingo (7).
Em todo o ano de 2023, o 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que atua em Passo Fundo e mais 133 municípios, atendeu a 32 casos de afogamento, sendo o último em 31 de dezembro. Em comparação a 2022, houve um aumento de 357,1%.
— Em rios a pessoa não deve se banhar. Rios e barragens não são locais próprios para banho. Orientamos que as pessoas procurem balneários ou piscinas, a fim de vislumbrar uma situação de segurança — disse Bauer.
Atitudes de risco
Segundo o comandante, muitos casos de afogamento ocorrem por atitudes incorretas dos próprios banhistas. Isso inclui desde o desconhecimento do local onde está nadando até ingestão de álcool.
— Temos na região muitas barragens e rios com correnteza que são locais considerados impróprios para banho. A grande questão que a gente vê nas estatísticas de afogamento é que a pessoa não conhece o local. Às vezes faz consumo de bebida alcoólica e entra. A pessoa não avalia e se coloca numa situação de risco que não consegue mais sair — afirmou.
Outra recomendação é que, quem for até rios e lagos para prática esportiva ou vá utilizar embarcações, use sempre um equipamento de segurança, como colete salva-vidas.
GZH