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Atualizado em 27/11/2017 às 09:35
Roubo de carros - Irmãos chefiam quadrilha responsável por diversos crimes no RS
A Polícia Civil realizou na manhã desta segunda-feira (27) uma operação contra uma quadrilha de roubo de carros que era comandada de dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Oito pessoas foram presas, sendo cinco no Rio Grande do Sul e três em Santa Catarina.
O objetivo da operação, chamada Rota Proibida, era o cumprimento de nove mandados de prisão e 14 de busca e apreensão nas cidades de Canoas, Gravataí e Charqueadas, no Rio Grande do Sul, e também nas cidades catarinenses de Içara e Araranguá.
Conforme a investigação, a quadrilha roubava carros em Canoas e Porto Alegre e os enviava para Santa Catarina, onde eram desmontados ou clonados. Em alguns casos, as peças eram usadas para recuperar veículos que haviam passado por acidentes, em situação de sinistro.
Nos três meses de investigação, a polícia apurou que eram roubados em média dois veículos por semana.
Um casal que se passava por namorados era o responsável pelos roubos, sob o comando de criminosos que estão na cadeia. O casal foi reconhecido em 15 roubos no decorrer de três meses de investigação, e buscava veículos específicos que eram solicitados pelos chefes da quadrilha e encaminhados para Santa Catarina. O homem e a mulher foram presos durante a operação na cidade de Canoas.
Os chefes da quadrilha são dois irmãos do Rio Grande do Sul que se aliaram a um criminoso catarinense. Os três haviam sido presos por envolvimento com o roubo de veículos, mas seguiam comandando as atividades criminosas de dentro da cadeia.
Um dos irmãos está preso em regime fechado, e o outro cumpre pena no semiaberto. O comparsa catarinense está preso em Charqueadas.
No decorrer do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a polícia localizou um laboratório de adulteração de veículos, conforme o delegado Thiago Benemann, da Delegacia Especializada de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec).
"Na casa de um dos principais investigados, alvo de prisão temporária em Santa Catarina, residência de alto padrão, foi encontrado laboratório de contrafação [adulterção], ferramentas para o processo de clonagem, placas automotivas, impressoras para a falsificação de documentos, impressoras especializadas na fabricação de cópias, uma espécie de adesivo plástico que é usado para adulteração de sinais identificadores de veículos, e também uma arma de fogo", disse Benemann.
Jornalismo do Grupo Chirú
G1 RS