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Publicado em 25/01/2019 às 07:18
RS registra primeiro caso autóctone de dengue no ano em Panambi
Verão é a época do ano mais propícia para a circulação do Aedes aegypti
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVs) confirmou, nesta quinta-feira, 24 de janeiro, um caso de dengue no município de Panambi. É o primeiro caso autóctone (doença contraída dentro do estado) confirmado em 2019. No Rio Grande do Sul não foi registrado nenhum caso desses durante todo o ano de 2018.
Além desse, outros três casos de dengue também foram confirmados em residentes dos municípios de São Luiz Gonzaga e Sete de Setembro (com dois casos). Esses se referem a residentes no estado, mas que contraíram a doença em viagens a outras regiões do país.
O verão é a época do ano mais propícia para a circulação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti, em virtude do aumento da temperatura e chuvas. Para o reforço nas ações de controle ao vetor, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, anunciou nesta semana o repasse de R$ 2,4 milhões para 232 municípios com risco maior de infestação.
Nos quatro casos confirmados (um autóctone e três importados), os municípios já iniciaram ações de bloqueio, que consistem na aplicação de larvicida num raio de 300 metros das residências onde foram registrados os casos, além da busca ativa de focos de larvas do inseto.
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do CEVs, Tani Ranieri, ressalta que as três cidades fazem parte da Região Noroeste, onde há maior incidência de municípios considerados infestados (que identificaram a presença de focos de larvas do Aedes aegypti nas ações de busca ativa ao menos uma vez nos últimos 12 meses).
“Ao todo, 319 cidades gaúchas atendem a esses critérios para serem classificadas como infestadas pelo mosquito. Isso significa que, caso alguém venha de fora com a doença, nesses municípios pode haver o contágio de mais pessoas, pois temos ali a presença identificada do mosquito transmissor”, destaca Tani.
DENGUE NO BRASIL
Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou ao longo do ano passado mais de 247 mil casos prováveis de dengue, que se referem ao total de casos notificados (suspeitos) excluindo os descartados por diagnóstico laboratorial negativo ou diagnosticados para outras doenças. Os estados com maior incidência da doença são Goiás, Rio Grande do Norte e Acre. O Rio Grande do Sul foi, em 2018, o que teve a menor incidência no país.
ZIKA E CHIKUNGUNYA
Não houve no Rio Grande do Sul, até o momento, nenhum caso confirmado (autóctone ou importado) de zika vírus ou febre chikungunya, que são as outras duas doenças que o mosquito pode transmitir. Contudo, ambas apresentam alta circulação em outras regiões do país. No ano passado, foram mais de 64 mil casos de chikungunya confirmados no país e 3,6 mil de zika.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA O MOSQUITO
A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre pela picada do Aedes aegypti. O inseto tem, em média, menos de um centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada, que é onde ele deposita os ovos. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação são de eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do inseto. Entre as medidas, recomenda-se:
- Tampar caixas d'água, tonéis e latões;
- Guardar garrafas vazias viradas para baixo;
- Guardar pneus sob abrigos;
- Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia;
- Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
- Manter lixeiras fechadas;
- Manter piscinas tratadas o ano inteiro.
OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA DENGUE
- Febre alta (maior que 38.5°C), de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias;
- Dores musculares intensas;
- Dor ao movimentar os olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo;
- Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Rovani Moreira de Freitas/Ascom Saúde