Saúde
Publicado em 26/03/2024 às 10:00
Saúde anuncia mais de R$ 30 milhões para ampliação do teste do pezinho
O teste do pezinho passa a ser incluído no escopo dos serviços de referência em triagem neonatal
Para garantir acesso ao diagnóstico precoce e assistência adequada a doenças raras, o Ministério da Saúde anunciou um incremento de mais de R$ 30 milhões, por ano, para ampliar o Programa Nacional da Triagem Neonatal, conhecido como teste do pezinho.
A partir desse teste é possível evitar mortes e deficiências, além de proporcionar melhor qualidade de vida a pacientes para quem tem, por exemplo, fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e fibrose cística.
Apesar de não existir um número exato de doenças que se classificam como raras, a estimativa de autoridades sanitárias é que sejam mais de 5 mil, associadas a fatores genéticos, ambientais, infecciosos e imunológicos.
Atualmente, estão disponíveis na rede pública 31 serviços de referência e mais de 60 protocolos clínicos para condições específicas.
A expectativa do ministério é que, a partir de agora, a rede passe a contar com mais 29 serviços em triagem neonatal, com distribuição em todos os estados e no Distrito Federal por meio de unidades de saúde pública, filantrópicas, universitárias e privadas. O cronograma prevê também a habilitação de 28 laboratórios para triagem neonatal.
O ministéio informou que com o acréscimo imediato de R$ 30 milhões, o programa também investirá na logística – por meio dos Correios –, na atualização dos valores de procedimentos relacionados ao teste do pezinho, inserção e capacitação do uso da tecnologia de espectrometria de massas e a formação das câmaras técnicas assessoras em doenças raras e de triagem neonatal.
Ainda de acordo com a pasta, com a ampliação das ações, o teste do pezinho passa a ser incluído no escopo dos serviços de referência em triagem neonatal, o que torna necessária uma equipe mínima, composta por um pediatra, um enfermeiro, um nutricionista, um psicólogo e um assistente social.
Também fazem parte dos critérios de incentivo o monitoramento dos indicadores do teste do pezinho, o matriciamento da rede de coleta [quando duas ou mais equipes trabalham de forma compartilhada], a capacitação dos profissionais de saúde quanto às doenças raras, a atenção ao paciente diagnosticado e aos casos complexos, além da operacionalização da triagem.
*Informações Agência Brasil