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  • SEAPDR elenca medidas para amenizar prejuízos da estiagem

    Secretário Covatti Filho diz estar mantendo dialogo constante com o Governo Federal

    O que era pra ser uma safra recorde no Rio Grande do Sul com expectativa de produção de 35 milhões de toneladas, com a estiagem tem se tornado uma preocupação constante, principalmente, para produtores e governo.

    O secretário da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Cavatti Filho, em entrevista ao programa Linha Aberta do Grupo Chiru estima um prejuízo que já chega próximo a 30% quando se fala da produção de milho e mais de 40% na cultura da soja. “Historicamente o Rio Grande do Sul tem um déficit na produção de milho, com essa quebre o índice já é bem superior aos anos anteriores, nos obrigando a trazer ainda mais milho de fora. Já a soja, é a principal cultura do Estado e apresentamos uma queda significativa de 7 milhões de toneladas, estamos num dialogo constante com a Ministra Teresa Cristina para amenizar os prejuízos dessa estiagem, buscando alternativas viáveis ao produtor”, disse.

    Soluções possíveis e as já desenvolvidas

    A principal negociação com o Governo Federal, de acordo com Covatti tem sido a negociação dos recursos aportados aos produtores em custeio e investimento que estão prestes a vencer. “Não podemos permitir que o produtor recorra aos bancos para buscar um novo financiamento par pagar este, isso poderia causar o endividamento e não é essa a nossa ideia. O agro é a maior riqueza do Rio Grande do Sul, e o produtor precisa desse nosso braço amigo, até para que ele possa projetar a nova safra logo ali na frente”, completou o secretário de estado.

    Linha de credito para cooperativas para que possam atuar junto aos produtores também estão sendo pensadas pelo governo. Também já foi conquistado, através da Conab, a disponibilidade de milho balcão, o estado solicitou cerca de 30 mil toneladas.

    Como secretaria Cavatti salienta que está à disposição dos produtores o programa de forrageiras com subsidio de 30% em que o produtor poderá acessar via secretarias municipais de agricultura, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Emater.

    E, para viabilizar água potável as famílias, a SEAPDR está disponibilizando maquinas para a perfuração de poços artesianos em diversas comunidades, inclusive, ele salienta que uma dessas maquinas está trabalhando na região, em parceria com os municípios.

    A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural ainda prorrogou o prazo de vencimento dos contratos do Programa Troca-Troca de Sementes de Milho e Sorgo de 30 de abril para 31 de maio, e o prazo de pagamento de parcelas de contratos vigentes do Fundo de Terras do Estado do Rio Grande do Sul (Funterra) e do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). 

    Os impactos

    O secretário destacou que além da quebra da produção e o impacto no déficit da matéria prima, ele considera que existem dois fatores negativos gigantescos o primeiro deles está relacionado a cultura da soja que corresponde a 50 % das exportações do estado e que há sete anos vinha em ascensão elevando preços o que agora poderá impactar negativamente para o produtor.

    O segundo estará ligado ao milho com reflexos diretos na proteína animal – gado, gado de leite, suínos e frango. “Nos preocupa o fato de ter que trazer esse produto de fora, que pode ter variação no preço e que principalmente estamos trabalhando fortemente para que não falte nas propriedades. Estamos monitorando diariamente em contato com os produtores para interferir se necessário”, disse Covatti Filho.

    Reflexos da Covid-19

    O secretário ainda observou que diante da seca outra crise se avizinha, a causada pela Covi-19, que não afeta diretamente o setor agrícola, mas mesmo assim afeta aqueles produtores de alimento que usavam as feiras, escolas e comercio para vender seus produtos. “Desde o primeiro decreto consideramos toda a cadeia do agro em essencial, desde o caminhoneiro que transporta até o mecânico, a agropecuária o silo tudo segue funcionando, por isso não são tão grandes os impactos neste sentido. mas o confinamento social e o fechamento de muitas coisas trarão, sim, impactos no setor agrícola, estamos vendo formas de amenizar tudo isso”, disse.

    Dentre as alternativas possíveis, elencadas pelo gestor, estão a aquisição de alimentos desses produtores para formar a cesta básica das famílias da menor faixa de renda beneficiadas com a medida do governo federal que autorizou a distribuição dos recursos da merenda escolar em forma de cesta básica para essas famílias. Também na aquisição de uma parcela maior de alimentos desses produtores para as instituições do estado que seguem funcionando.

    Aúdio: Entrevista do secretário Covatti Filho ao programa Linha Aberta

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