Agro
Atualizado em 03/07/2021 às 11:24
Secretaria da Agricultura segue monitorando morcego causadores da raiva herbívora
Casos foram identificados em 17 municípios, um deles é Palmitinho
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento segue monitorando e intensificou nesta semana o monitoramento aos morcegos hematófagos, causadores da raiva herbívora e que atacam principalmente o rebanho.
O coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da Secretaria de Agricultura do RS, Wilson Hoffmeister Júnior, esteve nesta semana em Palmitinho, onde foi registrado um foco de raiva herbívora. Em todo o Estado, foram identificados até o momento 21 casos de raiva em 17 municípios.
Hoffmeister participou do A Hora do Campo da 104,3 FM deste sábado, 3 de julho, e relatou alguns pontos do trabalhado que foi realizado no município.
O coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora disse que ao longo da semana percorreu o interior do município para procurar possíveis locais de agressão do morcego e refúgios que possam estar abrigando esses animais, mas que não foram encontrados muitos exemplares da espécie. Hoffmeister disse que como o morcego não conhece divisa de municípios, o programa está trabalhando na região. Além de Palmitinho, Vista Alegre, Taquaruçu do Sul e Dois Irmãos das Missões receberam vistoria dos servidores ligados ao Programa de Controle da Raiva Herbívora. “Este é um trabalho dinâmico que se trabalha toda a região para diminuir a população de morcegos hematófagos, que se alimenta exclusivamente de sangue e que transmite a raiva para os animais”.
O coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora informou que este tipo de morcego não tem sido encontrado nos refúgios cadastrados aqui na região, mas o trabalho de monitoramento vai seguir.
Hoffmeister explicou que o hematófago, causador da raiva herbívora, é diferente daqueles morcegos que são encontrados na zona urbana, no forro da casa ou que moram em árvores.
Além dos detalhes do trabalho realizado, o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora passou orientações de como identificar um animal que pode ter sido mordido pelo morcego. Segundo Hoffmeister, inicialmente o animal que contraiu a doença para de comer e se afasta do rebanho, posteriormente, fica cambaleante e depois de alguns dias o animal cai e apresenta paralisação de musculutura, começa a babar e as fezes ficam secas. “Entre cinco a sete dias o animal morre”.
Hoffmeister fez ainda um alerta da importância da vacinação do rebanho, já que a ação preventiva de vacinação é a única solução para o problema. “Depois da apresentação dos sintomas não há o que fazer”.
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