Três Passos lança Campanha de Conscientização sobre a Esporotricose

A Administração Municipal de Três Passos lança a Campanha de Conscientização sobre a Esporotricose. A doença é caracterizada por uma micose que pode afetar animais e humanos, sendo causada pelo fungo Sporothrix Schenckii.

A iniciativa é organizada e desenvolvida pelas Secretarias Municipais de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente e dos setores de Vigilância Sanitária e Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

Os organizadores explicam que o fungo causador da esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. O homem pega o fungo geralmente após algum pequeno acidente, como uma pancada ou esbarrão, onde a pele entra em contato com algum meio contaminado pelo fungo. Por exemplo: tábuas úmidas de madeira.

Animais contaminados também transmitem a doença por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada. Embora a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães, ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados.

Nos gatos, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas. Os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente.

É importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado. Animais afetados pela esporotricose não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a micose. Caso suspeite que seu animal de estimação está com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele.

É aconselhável isolar o gato do contato com outros animais, separando-o num ambiente próprio, para que receba os cuidados de que necessita sem comprometer a saúde dos outros bichos da casa. Outro cuidado muito importante: em caso de morte do animal com esporotricose, é essencial que o corpo seja cremado, e não enterrado. Isso porque a micose pode se espalhar pelo solo, espalhando a doença entre outros animais.

Veja orientações da Secretaria Estadual de Saúde - Centro Estadual de Estadual de Vigilância em Saúde:

•    Se houver vínculo do caso animal com uma suspeita de caso humano, deve-se orientar a pessoa a procurar a sua unidade de saúde de referência.

•    Usar luvas sempre que for necessário para manipular o animal. Após a retirada das luvas, lavar as mãos com água e sabão. Não tocar e nem passar nenhum produto nas feridas do animal. O animal deve ser mantido isolado em local de fácil higienização, longe de objetos de madeira.

•    Todos os animais com esporotricose devem ser mantidos isolados e o ambiente em que o animal se encontra deve ser lavado com hipoclorito de sódio 1%. Objetos, mantas e cobertas do animal devem ser deixados de molho por pelo menos 10 min em hipoclorito de sódio 1% e depois lavados com água e sabão. O hipoclorito de sódio 1% é o produto recomendado. A água sanitária comercial tem concentração de hipoclorito de sódio 2,5%, então ela deve ser diluída em água (exemplo: 2 xícaras de água sanitária em 3 xícaras de água).

•     Tratamento animal: é longo, diário e ininterrupto. Para evitar a manipulação e estresse do gato, é possível abrir as cápsulas de itraconazol e polvilhar o pó em ração úmida. Deve-se observar se o animal consumiu todo o sachê com o medicamento. O tratamento dos animais reduz bastante a carga fúngica das lesões e a possibilidade de transmissão da doença já no início da terapia. O itraconazol para animais é o mesmo que se usa para humanos. O medicamento manipulado não é recomendado.

*Informações Ascom/Três Passos