Saúde
Publicado ontem às 11:42
Trindade do Sul: município passa a contar com tratamento de esgoto
Investimento da Corsan, município e governo federal, vai atender 6 mil moradores
Trindade do Sul é um dos municípios gaúchos que passaram a contar com a coleta e o tratamento de esgoto sanitário. A nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), inaugurada na cidade pela Corsan, nesta sexta-feira, 27 de dezembro, vai beneficiar cerca de 6 mil habitantes. O investimento é de R$ 8 milhões, com recursos da Corsan, do Município e governo federal, por meio de convênio com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
O projeto vai atender inicialmente cerca de 60% dos moradores da cidade. Este índice vai subir à medida que a Companhia ampliar o sistema e os loteamentos que hoje possuem infraestruturas próprias de coleta também estiverem interligados à rede.
A estação de tratamento de esgoto fica localizada próxima ao Loteamento Sol Nascente e foi construída em duas etapas - a primeira a partir de 2009 e a segunda, iniciada em 2014. “Durante este ano de 2024, a Corsan finalizou adequações e melhorias estruturais da estação. A partir de janeiro, as famílias serão orientadas pela Companhia quanto aos prazos e como proceder para interligação das residências à caixa de calçada. É por esse ponto de conexão que os imóveis serão ligados à rede coletora de esgoto. As famílias devem aguardar a vistoria das equipes e a notificação por carta da Corsan”, explica o gestor de relações institucionais da Regional Planalto da Companhia, Aldomir Santi.
A ETE de Trindade do Sul tem capacidade para receber e tratar cinco litros de resíduos por segundo. “Saneamento básico é qualidade de vida, pois preserva o meio ambiente e traz saúde para as pessoas”, destaca o prefeito, Elias Miguel Segalla.
Sobre o projeto
O método utilizado na construção da estação foi o UASB, sigla em inglês para Upflow Anaerobic Sludge Blanket, que significa Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA) em português. Trata-se de um processo de tratamento de esgoto doméstico que se baseia na decomposição anaeróbia (uso de bactérias), para moer a matéria orgânica. O material entra na parte inferior da estação fluindo de baixo para cima. Com isso, o lodo anaeróbio se forma e os sólidos orgânicos suspensos do efluente são biodegradados e triturados por essas bactérias. O uso de filtros e a desinfecção por produtos químicos complementam e finalizam o tratamento.
Todos os projetos da Corsan – tanto para abastecimento de água como para coleta e tratamento de esgoto – estão direcionados à universalização do saneamento básico previsto pelo Marco Legal do Saneamento, estabelecido por lei federal. Até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.
*Informações Ascom/Corsan