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  • UFSM/FW forma primeira turma de educação indígena

    Serão 26 professores indígenas aptos a atuar nas escolas das aldeias

    Para marcar esse dia 19 de abril, dia dos Povos Indígenas a Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen (UFSM/FW) forma nesta sexta-feira, a primeira turma do curso de Licenciatura em Educação Indígena. São 26 professores que irão atuar nas escolas indígenas da região.

    De acordo com a coordenadora do curso professora Aline Passini, foi um desafio, justamente pelo curso ser o primeiro e único do Brasil, na modalidade de Ensino a Distância (EAD). “É um marco para esses professores indígenas que vão atuar nessas escolas indígenas, pois hoje, muitos deles já são professores, mas sem nenhuma formação e agora, formados eles vão poder atuar prioritariamente nas escolas indígenas do estado”, comentou.

    Essa turma, conforme explicou a professora, teve foco mais específico na cultura kaingang por ser o povo mais numeroso na região. “Tivemos um currículo bem focado na etnocultural deles e hoje estão sendo graduados professores. Foi um desafio, mas, certamente, celebramos hoje um momento histórico para a região, o estado e para o Brasil”, disse.

    O curso aconteceu em três polos da Universidade Aberta do Brasil, que é a modalidade EAD da UFSM – Tapejara, Palmeira das Missões e Três Passos, atendendo os alunos de cinco aldeias da região, inclusive da reserva indígena do Guarita, que é maior do Rio Grande do Sul.

    Aline salienta ainda o orgulho da universidade em formar esses professores. “Estamos muito felizes e orgulhosos de estar formando esses professores indígenas em um curso que foi pensado para eles, respeitando seus aspectos culturais e o aprendizado de cada um. Uma educação e qualidade e publica pensada para eles”, salientou

    A colação de grau da turma acontece as 19 horas, no auditório do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) de Frederico Westphalen, na Linha sete de setembro.

    Segunda edição

    O curso foi tão bem aceito que a UFSM já aprovou por meio do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), da CAPES uma segunda edição que, desta vez, será na modalidade presencial e vai ofertar 100 vagas para professores indígenas. O inicio do curso está previsto para setembro. “Ainda não temos a data para lançamento do edital mas, em breve, vamos comunicar a novidade”, comentou Aline.

    O parfor

    O parfor é um programa da CAPES que oferece cursos de licenciatura para professores que exercem a profissão sem formação adequada. O objetivo do Parfor é garantir que os professores tenham a formação acadêmica exigida pela lei de diretrizes e bases da educação nacional. O programa também visa promover a melhoria da qualidade da educação básica.

    Heloise Santi - Jornalismo Grupo Chiru
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