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Publicado em 24/04/2024 às 14:06
UFSM/FW forma primeira turma de Licenciatura em Educação Indígena do país
Curso foi realizado na modalidade EAD e para 2024 passará a ser presencial
Na última sexta-feira, 19 de abril, o Campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em Frederico Westphalen realizou a primeira formatura do curso de Licenciatura em Educação Indígina na modalidade de Ensino a Distância (EaD). Foram formados, 25 professores, todos pertencentes ao povo da etnia Kaingang. A cerimônia solene aconteceu no auditório do Instituto Federal Farroupilha, do município.
O curso foi criado em 2019, na modalidade de Ensino à Distância, mas a ideia vinha sendo debatida desde de 2012, pela demanda de formação de professores indígenas. O objetivo era levar às aldeias uma formação acadêmica, completa, diferenciada, de qualidade e gratuita, sem deixar que as tradições dos povos fossem esquecidas. O curso aconteceu em três polos - Palmeira das Missões, Tapejara e Três Passos.
A coordenadora do curso, Aline Passini, salientou que entre os alunos, a maioria já lecionava de maneira informal, sem formação. "Agora, eles poderão atuar de maneira legítima e trabalhar nas escolas indígenas de suas comunidades".
O vice-prefeito de Três Passos, Rodrigo Ipê, prestigiou a formatura e destacou que participar deste ato inédito foi extremamente emocionante e importante para toda a região. “Essa qualificação dos professores indígenas tem o foco específico na cultura kaingang, justamente pelo fato deste ser o povo predominante na nossa região e com certeza, pode manter assim, todos os aspectos culturais destes povos e aumentar a qualidade do ensino repassado nas escolas dentro das comunidades em que esses novos professores estarão inseridos", disse.
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Nova turma
Além deste curso, a instituição está em preparação para ofertar o curso em nova formatação. A próxima turma de Licenciatura em Educação Indígena será oferecida pelo PARFOR - Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, na modalidade presencial. As aulas e as atividades acontecerão no Campus e nas aldeias, para as quais serão oferecidas 100 vagas também para os Kaingang.
Os Kaingang estão presentes em quatro estados diferentes do país, sendo eles São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido ao seu alto número populacional. De acordo com dados do PIB Socioambiental, eles vivem em mais de 30 Terras Indígenas, o que representa uma redução territorial em relação aos seus territórios tradicionais. Apesar disso, sua estrutura social e os seus princípios cosmológicos ainda são conservados.
*Com informações Ascom/UFSM e Três Passos