Segurança
Publicado em 02/08/2024 às 16:32
“Um crime bárbaro”, define delegado, a morte dos professores da UFSM
Suspeitos estão presos desde o último fim de semana e a policia trabalha para a conclusão do inquérito
“Foi um crime bárbaro, em razão de um assalto se transformar em duas mortes, isso é inaceitável”, afirmou o delegado Diogo Ferreira, responsável pelo caso, em entrevista ao Grupo Chiru.
De acordo com ele a Polícia Civil trabalhou arduamente, desde que ocorreu o roubo seguido das mortes, no dia 25 de julho, até se conseguir chegar aos suspeitos e efetuar a prisão dos mesmos. “Trabalhamos arduamente praticamente sem parar, dia e noite, até elucidar o caso e prender os dois suspeitos”, comentou Ferreira.
Os indivíduos, moradores de Passo Fundo, cerca de 17 km de onde o crime ocorreu, foram detidos no último sábado, 27 de julho. “Agora vamos trabalhar para a conclusão do inquérito policial, coletando mais provas para ter certeza da autoria pois, por hora, são suspeitos, estão sendo investigados”, ponderou o delegado ao complementar que um dos presos possui diversos antecedentes por crimes patrimoniais e mais duas tentativas de homicídio.
A previsão é que o inquérito seja concluído e encaminhado ao Ministério Público (MP) nos próximos dias juntamente com um pedido para a conversão das duas prisões temporárias em prisões preventivas.
Sobre a participação de uma terceira pessoa no crime, o delegado afirma que a polícia não confirma, mas também não refuta a hipótese. “Por falta de câmeras de videomonitoramento no local dificulta um pouco o nosso trabalho, pois não conseguimos saber exatamente como se deu o retorno dos mesmos a Passo Fundo, então estamos verificando para organizar e ter toda essa dinâmica dos fatos”, salientou.
Dinâmica do crime
O delegado Diogo Ferreira afirma que três professores, entre eles Fabiano de Oliveira Fortes, de 46 anos, e Felipe Turchetto, de 35 anos, mais os 15 estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), chegaram ao hotel durante a madrugada, momento em que o assalto era realizado. O grupo chegou a ser rendido, mas um dos professores teria tentado reagir.
– Os professores tentaram reagir e os criminosos por "n" motivos acabram atirando nas vitimas e tirando a vida deles. Um teria reagido e entrado em luta corporal com o criminoso que estava armado. O criminoso acabou revidando – alvejando a vítima com três ou quatro disparos, vamos esperar a perícia para confirmar–, contou Ferreira.
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Foi então que a segunda vítima teria sido atingida. As demais pessoas se esconderam atrás de móveis ou saíram do local, enquanto os criminosos fugiram.