União Frederiquense - Classificação com atuação fraca

O que é mais importante? Vencer ou fazer história? Eu acho que tudo faz parte de um contexto só, mas ontem o União poderia ter unido o útil ao agradável naturalmente. O torcedor que esteve presente no estádio saiu contente com o resultado, mas com certeza insatisfeito com a atuação. Claro, a melhora em relação aos primeiros jogos é inegável e não podemos deixar de referenciar isso, mas será que é o bastante para um título?   JOGO DE UM TEMPO SÓ Eu caracterizaria a partida de ontem como um jogo de 45 minutos. Por incrível que pareça, o União finalizou mais quando estava em igualdade numérica, do que após as expulsões do Palmeirense. No primeiro tempo teve um certo controle geral das ações e sofreu o gol em uma falha individual que resultou em contra-ataque. Logo depois empatou e no final foi ajudado pelo destino com o cartão vermelho adversário ao goleiro e o pênalti. Apesar de term sido dois gols em bola parada, a equipe não sofreu uma pressão equivalente ao prejuízo que o seu concorrente tinha. Foi muito eficiente na marcação coletiva.   AS TAIS EXPULSÕES Coisa de adolescente. O goleiro do Palmeirense jogou fora a oportunidade de classificação da equipe. Em um instante, ele acabou tirando a equipe de uma situação ainda reversível para um problema fatal. Cometeu o pênalti mais ridículo que eu já vi, ao agredir o jogador do União com a bola em mãos, proporcionou o gol e ainda foi expulso. Imperdoável! Já Eduardo, que mal tocou na bola durante o jogo, já sabendo que tinha amarelo, fez uma falta infantil no fundo do campo, passível de segundo cartão e acabou reduzindo a zero qualquer chance de virada.   O JOGO APÓS AS EXPULSÕES Daí quando eu pensava que seria uma grande lavada, me peguei bocejando em alguns momentos da etapa final. O Palmeirense colocou duas linhas normais de 4 para marcar, mas acabava não tendo sequer um jogador para esboçar um contra-ataque. Pasmem, ainda obrigou o goleiro frederiquense a fazer duas defesas espetaculares. O União se acovardou, desistiu, cansou, eu não sei. Simplesmente, com dois a mais, cerca de 40 minutos pela frente, a equipe preferiu apenas segurar a classificação e não ousou mais. Tocou bola de um lado para o outro, não criou e ainda o técnico fez uma salada de frutas com suas substituições. Convenhamos, era o momento de tentar uma vitória mais gorda, devolver a goleada sofrida, talvez, e recuperar o ânimo do torcedor. Repito, a classificação veio, mas a forma com que aconteceu tem de ser avaliada.   O MELHOR E O PIOR O melhor em campo foi Talheimer. Há alguns jogos eu vinha notando a sua boa movimentação e uma postura corretíssima na marcação. Aguardei e hoje faço a devida referência. Se conseguir ajudar um pouco mais ofensivamente, daí sua presença tornará a ser imprescindível. O pior em campo, por incrível que pareça, foi o autor do gol de empate. Apesar de num lance de categoria, bola parada, ter feito um golaço, não apaga a sacola de passes errados, onde estava um deles que acabou resultando em gol do Palmeirense. Dewide era o camisa 10,virou um 9 e eu não vi uma finalização a não ser a cobrança de falta. Sua titularidade tem de ser urgentemente revista.   Lúcio - Foi Lúcio. Seguro, preciso e até saiu para dar oportunidade ao mais jovem. Pouquíssimo exigido. Nota 7 Cristiano - Não conseguiu ser o mesmo de quando entra no segundo tempo. Mesmo assim, não entendi sua saída no intervalo. Não comprometeu na função. Nota 6 João Carlos - Na defesa não comprometeu. No ataque não participou. Nota 6 Gil - Muito seguro atrás. Na etapa final cumpriu a função de lateral, mas não somou nada ao ataque. Nota 6 Busanello - Não repetiu o que fez nos últimos jogos. Estava inseguro e acabou não atacando e não defendendo bem. Perdeu várias disputas e deveria ter saído, ao invés de Cristiano. Nota 4 Márcio Reis - No primeiro tempo uma atuação segura na marcação. Na etapa final, discreto. Nota 6 Talheimer - O melhor em campo. Manteve a regularidade, deu passes precisos e não errou. Falta um pouquinho mais no ataque. Nota 8 Juliano Tatto - Foi um pouco melhor que o antecessor e criou jogadas importantes. Na etapa final mudou de posição, não foi exigido na defesa, mas também pouco produziu ao ataque - Nota 7  Wilian Bones - Atuação apagada, e pouca ousadia no segundo tempo. - Nota 5 Nícolas - Um dos melhores no primeiro tempo, segurando a zaga e ganhando bolas pelo alto. Na etapa final sumiu. Nota 7 Dewide - O pior em campo. Saiu da 10 e foi para a 9. Não ganhou uma bola, errou passes e não cumpriu a função como deveria. Fez um golaço de falta. E só. A nota vai pelo gol. Nota 4 Guilherme - Atuação surpreendente do garoto no gol. Fez duas belas defesas. Nota 8 Raul - Seguro, porém pouco exigido. Nota 6 Nilton Júnior - Levou perigo ao gol adversário, mas ainda falta qualidade na definição da jogada, Deve buscar mais o jogo para si. Nota 6 Lucas Portes - Mal tocou na bola - Nota 3 Mattana - Ele jogou? - Nota 3   Opinião: Eduardo Nervis Krais Foto: Renato Padilha