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Publicado hoje às 16:20
Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil
Gotinha será substituída por aplicação injetável visando garantir mais eficácia, diz ministério
O Ministério da Saúde está substituindo as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como gotinha, por uma dose da vacina inativada (VIP), que é injetável. O objetivo é alinhar o esquema vacinal às práticas já adotadas por países como os Estados Unidos e nações europeias.
Segundo o Ministério, a mudança vai garantir maior eficácia do esquema vacinal, que será exclusivo com a vacina injetável.
O novo esquema inclui três doses da vacina injetável administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações aos estados para que preparem os municípios para a implementação das novas diretrizes.
As doses da vacina oral poliomielite bivalente que estejam lacradas em estoque nos municípios serão recolhidas pelo Ministério da Saúde até o dia 31 de novembro. Desde segunda-feira, 4 de novembro, apenas as doses da vacina injetável deverão estar disponíveis nas salas de vacinação.
Agora, será necessária apenas uma dose de reforço com a vacina injetável, aos 15 meses de idade.
Novo esquema vacinal com a aplicação injetável contra a polio
– 2 meses: 1ª dose
– 4 meses: 2ª dose
– 6 meses: 3ª dose
– 15 meses: dose de reforço
Avanço para segurança vacinal
A nova estratégia, com uso da vacina, é mais um passo na erradicação da poliomielite no Brasil. O país está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da vacina oral nas estratégias de vacinação no combate contra a poliomielite desde que foi introduzida de forma oficial em 1977.
O Brasil tem se destacado positivamente no avanço das coberturas vacinais, mesmo após enfrentar declínios desde o ano de 2016. E a vacinação contra a poliomielite no país é uma das causas do resultado positivo.
Em 2023, a cobertura vacinal para poliomielite alcançou 86,55%, um crescimento de aproximadamente 10,8% em relação a 2022, quando a cobertura vacinal alcançou 77,20% em 2022. Os dados estão contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Zé Gotinha
Apesar da substituição da vacina oral, o Ministério da Saúde garante que o personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980 para incentivar a adesão das famílias, continuará sendo um símbolo da imunização no país.
“O Zé Gotinha é um símbolo universal na missão de salvar vidas e um aliado importante na educação e no combate às notícias falsas. Ele seguirá firme nas ações de conscientização”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.
*Com informações de Agência Brasil/Prefeitura de Frederico Westphalen