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  • Vacinação contra o coronavírus no RS vai começar com trabalhadores da saúde e idosos em asilos

    Outros grupos, como idosos com mais de 80 anos, serão imunizados com a chegada de novos lotes da vacina

    As primeiras vacinas contra o coronavírus aplicadas em solo gaúcho serão destinadas a trabalhadores da área da Saúde e para idosos em asilos. A informação foi confirmada pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, na quinta-feira, 7.

    Segundo ela, o primeiro grupo definido para a imunização conta com 972 mil pessoas no Rio Grande do Sul. Mas, como a expectativa é de que cheguem menos doses na primeira remessa, aguardada para janeiro, o Estado priorizou áreas consideradas mais críticas.

    As primeiras doses esperadas integram o lote de 2 milhões de vacinas do laboratório AstraZeneca, que serão importadas da Índia. O montante será dividido entre todos os Estados, de forma proporcional. 

    – Nós vamos preparar a rede para que, simultaneamente, se consiga atingir de forma mais ágil possível as pessoas desse primeiro grupo. Agora, vai depender da quantidade de doses que chegarão. Se nós considerarmos que o país terá 2 milhões de doses, a prioridade número um seriam os trabalhadores que estão na linha de frente do atendimento e as pessoas que estão dentro das instituições (asilos) – relatou Arita.

    Desde o início da pandemia, os asilos – chamados de Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) – registraram 406 surtos de covid-19, mais da metade do total de casos desse tipo no Estado.

    Ela afirma que, na sequência, assim que novas remessas chegarem ao Estado, outras pessoas do grupo prioritário serão imunizadas, como idosos a partir dos 60 anos – começando pelos de idade mais avançada – e população indígena.

    No total, o Ministério da Saúde estima que o público-alvo da vacina no Rio Grande do Sul, baseado em campanhas de imunização contra outras doenças, é de 4,5 milhões de pessoas. Como são necessárias duas doses, será preciso prever o uso de nove milhões de seringas.

    Quanto a isso, Arita afirma que o Estado possui os insumos necessários para dar a largada à campanha contra a covid-19. Os estoques gaúchos contam com cerca de 4,2 milhões de seringas com agulhas – o governador Eduardo Leite fala em 4,5 milhões –, além de um processo de compra para mais 10 milhões de seringas com agulhas.

    No momento, o Piratini faz levantamento junto a prefeituras para estimar a quantidade desses insumos que cada município possui. A secretária afirma que o planejamento quanto à logística de entrega aos municípios e ao armazenamento está concluído. Ainda há a possibilidade de contar com o apoio de empresas privadas, que se colocaram à disposição.

    Também nesta quinta-feira, 7, o governador Eduardo Leite afirmou, em um vídeo postado nas redes sociais do governo gaúcho, que o Estado está preparado para a distribuição da vacina.

    Em relação ao período entre o recebimento das doses e o início da imunização, Arita Bergmann salientou que não é possível definir quanto tempo será necessário, devido a questões técnicas como controle da quantidade e envio para as regiões. No entanto, mencionou um dia como eventual prazo.

    Plano próprio

    O Piratini deverá aguardar até o final de janeiro pela chegada das vacinas no Rio Grande do Sul. Caso o prazo não seja cumprido, há a disposição de compra do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. No entanto, o governo gaúcho mantém o discurso de que só irá utilizar essa possibilidade em último caso.

    – Nós estamos confiando que o Prog Nacional de Imunizações, que tem tradição no país, vá fornecer todos os imunizantes. Caso não haja essa confirmação, e acreditamos que haverá, o Estado já fez um memorando de entendimento encaminhado para o Butantan, na perspectiva de, se tudo der errado, adquirir a vacina desse instituto – pontuou a secretária Arita Bergmann.

    Vacinação contra a gripe

    Logo após o início da vacinação contra a covid-19, será iniciada a imunização contra a gripe, como ocorre em todos os anos. Devido a isso, o Estado irá contatar as prefeituras para um plano que agregue o calendário vacinal já estabelecido, mais a nova imunização.

    – Nós daremos todo o suporte técnico e estamos programando reuniões com as equipes de Vigilância Sanitária dos municípios. Na segunda quinzena (de janeiro), queremos fazer capacitação e orientação técnica para que os municípios possam fazer a gestão da vacina contra a covid-19 e das demais do calendário – disse Arita.

    A secretária ainda relata que Estado e prefeituras também terão um plano para acompanhar eventuais reações adversas da nova vacina.

    *Informações Gaúcha/ZH

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