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Publicado em 20/02/2024 às 09:23
Varejo e atacado puxam crescimento financeiro das vendas em 2023 no RS
Levantamento da Secretaria da Fazenda consolida dados de desempenho econômico do Estado no ano passado
Impulsionados pelo bom desempenho do segundo semestre, o varejo e o atacado do Estado apresentaram crescimento no volume financeiro de vendas em 2023. Apesar do bom desempenho de alguns segmentos produtivos, a indústria gaúcha experimentou um recuo de 3,8% nas transações em comparação com o ano anterior. As informações estão consolidadas no Boletim Setorial, publicado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) na sexta-feira, 16 de fevereiro.
No varejo, houve um aumento de 6,8% nas comercializações. O avanço foi alavancado pelos produtos dos segmentos metalomecânico e químico, que registraram as maiores variações, de 19,4% e 14,2%, respectivamente. Os super e hipermercados lideraram em valores absolutos, com R$ 74 bilhões em vendas. A movimentação financeira de todo o setor varejista alcançou o patamar de R$ 248,7 bilhões em 2023.
Já no atacado, as vendas tiveram um acréscimo de 2,3% em relação a 2022, acumulando o montante de R$ 212 bilhões em circulação de mercadorias no ano passado. O destaque foi o segmento de produtos odontológicos e hospitalares, com um crescimento de 20,4%. Em valores absolutos, o ranking é encabeçado pelos insumos agropecuários, que movimentaram R$ 62 bilhões em 2023, mesmo com um recuo de 1,2% em comparação com o ano anterior.
A indústria
Apesar do recuo geral na indústria, alguns segmentos, como o de tabacos e bebidas, registraram crescimento nas vendas, com incrementos de 12% e 9%, respectivamente. A maior queda relativa, no entanto, foi verificada no segmento de insumos agropecuários, que teve uma redução de 17% nas vendas. A indústria metalomecânica se manteve no topo em valores absolutos, com mais de R$ 154 bilhões em vendas.
Elaborado pela Central de Inteligência Econômico-Tributária da Receita Estadual, o Boletim Setorial integra o conteúdo da Revista RS360, que traz uma edição com o desempenho detalhado das indústrias coureiro-calçadista, embalagens plásticas, madeira, cimento, vidro, medicamentos, móveis, papel, produtos de limpeza, tintas, solventes, têxtil e vestuário. O material conta, ainda, com uma entrevista ao economista Marcelo Portugal, que analisa o cenário tributário brasileiro após a aprovação da reforma dos impostos sobre o consumo, promulgada no fim do ano passado.